Deparamo-nos na atualidade a todo
instante com pessoas, ou grupos de pessoas, que, observadas suas posições e
visões de mudo atuais, contradizem totalmente o que já defenderam, viveram ou
pensaram em épocas não muito remotas. Esta frouxidão de princípios tem enlouquecido a
muitos num verdadeiro pandemônio de contorcionismos ideológicos.
A busca por glória e poder a
qualquer preço e a qualquer custo tem sido uma das maiores impulsionadoras da
enlouquecedora incoerência de nossos maiores lideres da atualidade. Em momentos
pré-eleitorais como os vividos nestes dias então é que são esquecidas todas as
regras e no promiscuo vale-tudo que se instala pouco se vislumbra de bom senso
ou de fundamentação ética.
Vemos antigos inimigos de mãos dadas,
propósitos de luta esquecidos ou renegados e uma falta total de atenção para
com o que verdadeiramente os cidadãos estão interessados: políticas públicas
que busquem melhor qualidade de vida e melhor e mais justa gestão dos recursos
públicos.
Frente a este cenário não vejo
como cabível o desespero ou a desatenção para com as questões eleitorais, mas
sim, penso que esta é à hora de pressionarmos candidatos, partidos e demais
gestores públicos impondo a vontade do povo como mandatária maior dos destinos
de nossas cidades.
Ou rechaçamos a mentira e a
incoerência ou naufragaremos calmamente em meio a um lodaçal de exploração do
homem pelo homem, consolados por mavioso canto do coral das meias verdades.